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Para cima todo santo.... ajuda???


Esse foi um final de semana diferente. Pela primeira vez participei de uma etapa do circuito “corrida de Montanhas” e nessa oportunidade experimentei a etapa Mairiporã! Eu já tinha experiência em corrida de montanha ou melhor dizendo correr no meio do mato mesmo. Aqui no papainacorrida já contei minhas experiências no Hash em Balikpapan - Indonésia (clique aqui para ler o post - vale apena) e também de um super desafio no Mount Bromo - 21km pelos vulcões na Indonésia (link aqui). Ainda fico devendo contar sobre o Climbathon - talvez a prova mais difícil que já participei..

Enfim, voltemos à Mairiporã. Cheguei bem cedo para pegar o kit.. já na concentração observei que aquele pessoal estava preparado. Aliás muito bem preparado. Tinha atleta com o traje completo pra montanha.. tênis especial,

Meia de compressão, short de compressão, camiseta de compressão, camelback, walking stick, juro que me sentí despreparado para o que poderia vir pela frente, afinal estava eu lá com meu tênis de afasto, meu shorts manchado de tinta branca e a camiseta da prova, ah é claro o boné da MFT.

Foi então que as 8:00 em ponto, com direito a contagem regressiva que a prova começou. Cerca de 500 atletas partiram do country club Mairiporã rumo a tal pedra do olho d’água. Eram 3 categorias diferentes: 8km para aqueles que estavam iniciando, 12km pra quem se achava normal e 19km pra quem tinha muito apetite de montanha. Eu que não sou bobo estava lá para os 12km.

O início da prova foi bem divertido. Todos juntos descendo por uma estrada de paralelepípedos e depois correndo pelo meio do bairro, enquanto eu me perguntava “cadê a montanha?” Não demorou muito para entrarmos numa trilha bastante fechada que logo começou a mostrar o porque que aquelas era uma das etapas mais casca-dura do circuito.

Já logo no começo da trilha um pessoal na minha frente começou a andar.. e eu não dando muita “bola” continuei correndo trilha acima passando pelo pessoal bem equipado. Foi então que um paredão surgiu à minha frente. Não teve jeito tive que caminhar.. ainda bem! Hehehe. Mesmo assim continuei acelerando e passando alguns atletas. Foi então que a minha frente estava um senhor que aparentava bastante experiência na corrida de trilha. Sabe aquele corredor raiz? Sem frescura.. então era aquele cara.

Perguntei se ele conhecia a área e ele respondeu que era da cidade e sempre corria por aquela trilha. Meu amigo, não tive dúvidas, quando o cara corria eu corria, quando ele andava eu andava. Segui como se fosse a sombra do cidadão. Putz..sem duvidas foi uma excelente decisão. O cara tinha um ritmo bom e para não ficar pra trás acelerei.

Morro acima não é nada fácil, ainda mais em uma trilha bastante irregular e úmida. Mas como diz o ditado “pra cima todo santo ajuda!” Ou será o contrário?

Não demorou muito chegamos ao final daquela trilha morro acima e começamos a descer por uma estrada de terra. E eu com meu joelho sentimental diminui o passo (ou pace se vc preferir) e assim o tal corredor raiz se distanciou à minha frente. Afinal ele já tinha me ajudado bastante.

Eu ingênuo achava que o mais difícil tinha ficado para trás, não tinha ideia do que viria adiante. Foram uns 2 km por aquela estrada de chão batido até que entramos em uma nova trilha no Meio do mato. E agora meu amigo, parecia uma parede, confesso que procurei até se tinha corda pra escalar.. agora passo a passo fomos morro acima, até que saímos da mata para vislumbrar uma vista incrível ruma ao tal pico do olho d’água.

E subíamos, subíamos sem parar apesar da linda vista as pernas já pesavam e o tal olho d’água não aparecia. Os minutos se passavam, senti até aquela sensação de mudança de pressão nos ouvidos e nada do tal olho d’água. Minhas pernas tremiam, eu olhava lá pra cima e a trilha continuava num zigue-zague e nada do tal olho, eu já tinha me esquecido da vista e comecei a xingar o tal olho.. que naquele momento já estava mais pra olho do c... capeta que olha d’água.

O esforço foi recompensado.. logo eu avistei algumas barracas e percebi que estava a poucos metros do final daquele desafio! Ah! Que ingenuidade! Chegando ao pico da montanha a vista era linda.. a natureza realmente é maravilhosa.

Lá no topo conferi o relógio e notei que estávamos com 8km rodados, faltando agora “somente” 4km pela frente! Foi então que o mais difícil começou! Descida meu amigo, descida! E não é aquela descidinha suave.. era morro abaixo.. pirambeira mesmo. Agora uma estrada asfaltada que serpenteava pela mata.. eu todo empolgado, ingenuamente me senti feliz. Foi depois de algumas centenas de metros correndo morro abaixo que o tal joelho reclamão começou a se manifestar. Faltavam um pouco mais de 3km.. e a tal rodilla lá estava “apitando”. Melhor estratégia: diminuir o passo e espera que a dor diminuir.. até que funcionou! Mas a pouco menos de 2 km para a chegada aquela galera toda que eu havia passado na subida agora estava me alcançando. E passavam por mim feitos uma bala morro abaixo.. e eu pensava “será que essa gente tem joelho ou sou eu que estou ‘ladeira abaixo’” heheheh. Foi assim que uns 5 corredores me ultrapassam. Foi só nos últimos 500m, já perto da chegada, que a pirambeira terminou e eu voltei a acelerar.

Cruzei a linha de chegada dolorido e feliz por ter concluído mais aquele desafio. Mesmo achando que não estava em plena forma por ser princípio de ano acredito que me saí bem. Ao cruzar a linha de chegada ganhei uma medalha e para minha surpresa uma caneca.. mais surpreso fiquei quando notei que havia caneca mas não cerveja!

Parabéns a organização a prova foi show! Só uma observação: descida, pirambeira daquele grau por quase 4km no asfalto? Vale uma revisão aí, não vale? Pode Arnaldo?

Alguns mantras poderosos!

#1 

"What consumes your mind, controls your life"

 

#2
"O ato de correr é mais do que uma sucessão de saltos como está conceituado na literatura. Correr é um ato de coragem, persistência e superação; um metafora da vida na mais pura expressão atlética" - Alan Ricardo Costa

 

#3

"Don't be easy to define, let they wonder about you" @sucess_foundation

#4
Love your fucking life. Take pictures of everything. Tell people you love them. Talk to random strangers. Do things your're are scared to do. Fuck it, because so many of us die and no one remembers a thing we did. Take your life and make it the best history in the world. Don't waste that shit"

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