Bom Dia Vietnã
Como em toda sexta-feira, ontem não foi diferente, equipe de apoio toda no carro e partimos para a casa da vovó em atibaia. Alice, Gui, eu e, desta vez, a mamãe, fomos tomar uma sopinha e curtir a vovó e o vovô e fazer algumas travessuras.
Bom, voltamos um pouco mais tarde do planejado, e como não poderia se diferente a Alice estava a mil por hora e o Gui, para não deixar barato, também estava acordado. Enfim todos pra cama e o papaizão aqui pensando no acordar às 6 da manhã para cumprir às 7am o longão de 18 km com a equipe MFT, além de estar preocupado com o efeito da sopinha que na verdade foi uma travessa enorme de carne de panela com grão de bico e arroz, regada a meio litro de cerveza Baden Baden! Oh Jisuis! Qual seria o efeito daquilo durante o longao? Pois bem, acordei às 6:43h! Coração acelerado, engoli meio pãozinho com geleia, tomei meia xícara de café e acelerei na manhã de sábado rumo ao lago do taboão.
Chegando no ponto de encontro vi o pessoal já partindo pro treino, desci correndo do carro com o gatorade na mão. Gritei bom dia para o pessoal da barraca da equipe e sai já dando um tiro para alcançar o pessoal q estava a uns 500m na frente.
Pessoal alcançado comecei meu longao, 18km a frente, 18km a serem superados! Ótima manhã, temperatura amena, e percurso perfeitamente planejado pelo professor Marinho, repleto de sombra! Perfeito! Já no kilómetro 4 tínhamos um ponto de hidratação, um cooler colocado num posto de gasolina, onde passávamos e abríamos a tal caixa térmica ali sozinha para pegarmos saquinhos com 'água gelada. Lembrei daquela campanha "deixe um vasilha com água fresca em frente à sua casa para os cachorros de rua"! Brincadeiras à parte, excelente organização.
Por que "bom Dia Vietnã"? Bom, nesse percurso, encontramos dezenas e dezenas de atletas, pessoas comuns, atarefadas, que encontram um tempinho para treinar no sábado pela manhã e pra quem assistiu o filme sabe o quanto significavam aquelas palavras do tal locutor. E para nos atletas amadores, pais, mães, não é diferente, por cada um que passamos ou fomos passados dávamos ou recebíamos um "bom dia". A cada bom dia, parece que as energias eram renovadas e tínhamos mais pique para seguir. Tanto pique que no kilómetro 15, eu já cansado, quando meu parceiro de treino, Gebin, solta aquela: "e como tá aí? Tudo bem?" e eu na minha inocência respondi "beleza!". Então o tal do barbudo daqueles saídos do filme 300 disse "então vamos acelerar, pra soltar!". Então pensei, refleti e soltei alguns mantras e frases de libertação, a tais famosas, que quando ditas em voz alta ajudam a acalmar a alma e, descobri hoje, que até dão mais energia e disposição pra correr. Até lembrei da famosa frase do tal do Leónidas do filme "tonight we dine in hell". E assim terminamos nosso longao de maneira frenética!
Como sempre ao terminar, o bate papo e as risadas com os amigos nos mostram a verdadeira razão porque os esporte nos faz bem. Nada como uma manhã com gente tão especial para vencer mais um desafio e nos superar, sempre!
Ah! Chegando em casa encontrei a Alice aos berros, o Guilherme gritando e a mamãe feliz por eu ter chegado para dar uma mão com a equipe de apoio!
Especial obrigado ao Grande Juba, que encomendou e incentivou o textão!